BRITVIC EBBA PROMOVE DIA DE CAMPO MARACUJÁ

No dia 03 de abril a propriedade de Luiz Carlos Colautto, em Araguari (MG), recebeu o Dia de Campo Maracujá, um evento dividido em estações com o objetivo de fomentar a produção de maracujá de qualidade visando, além do mercado nacional, a Europa e Estados Unidos.

A iniciativa do dia do campo, que está em sua segunda edição foi da Britvic EBBA, que engloba três marcas: Maguary, Dafruta, e Bela Ischia. Juntas, elas representam 60% de todo suco de frutas tropicais do Brasil, com atuação tanto no mercado nacional quanto internacional. Os sucos mais produzidos pela empresa são o de maracujá, caju e uva.

O dia de campo reuniu 98 produtores de Minas Gerais e Goiás e contou com três estações, além de uma institucional. A primeira delas destacou os produtos autorizados para o maracujá destinado à exportação. A segunda estação ressaltou a importância da polinização, que é o principal fator que agrega ao maracujá destinado a exportação. a segunda estação ressaltou a importância da polinização, que é o principal fator que agrega ao maracujá no quesito produtividade; e a última estação ficou com o Viveiro Flora Brasil, que destacou a variedades de mudas específicas para indústria, e como deve ser feita a cova afim de um plantio.

Tecnologia de Produção

Guilherme Augusto Castro Silva, engenheiro agrônomo e técnico agrícola da Britvic EBBA, relata que existem produtos que estão registrados no Pais, mais que não são mais aceitos no mercado externo. “Orientamos que os produtores sempre sigam o que está escrito na cartilha, ou seja, as informações para o uso de produtos que não vão atrapalhara exportação e que podem substituir os que foram retirados do mercado”, detalha.

Os produtos não aceitos no exterior a que ele se refere são a casugamicina, o paraquat e o clorfenapir. Por isso, a Britvic está fechando parcerias com empresas de produtos biológicos e outras, que estão em fase de testes e que possam ser inseridos na cultura, para vir a ser o futuro substituto desses defensivos, para solucionar problemas com doenças no maracujazeiro, trazendo, assim, benefícios para os produtores.

Para Guilherme Augusto, o Brasil produz frutos de maracujá com muita qualidade, tanto para suco quanto para polpa, os quais atendem as exigências do mercado externo. “Para 2018, a empresa tende a dar ainda mais foco ao mercado de exportação”.

Polinização

Hércules José de Oliveira, engenheiro agrônomo e supervisor de compras da Britvic Ebba, demostrou para os produtores, na estação, a importância da polinização visando o aumento de produtividade na lavoura do maracujá.

“A polinização natural do maracujá acontece pela abelha mamangava. Mas a eficiência dela é baixa, em torno de 5,0 a 10% de pegamento das flores, o que resulta na perda de um grande número de flores, por não serem polinizadas, A prática da polinização manual é simples, feita com os dedos, e aumenta o vigamento das flores em até 70%. Ou seja, de cada 100 flores, até 70 podem se transformar em fruto”, esclarece o profissional.

O pólen é levado de uma flor para outra com os dedos (por meio da polinização manual). A flor abre a partir das 13h, e em uma tarde de trabalho um polinizador manual garante a produção de 200 a 220 quilos de fruto de maracujá, o que é altamente compensatório.

A diária de uma pessoa é de R$ 60,00, e no fim do dia o produtor terá R$250,00 em frutos. “Infelizmente, esta é uma prática que muitos produtores não fazem em função de desorganização em ter a mão de obra disponível no momento da florada, que acontece de setembro a maio”, lamenta Hércules Oliveira.

Na região de Araguari são oito floradas por ano, e se o produtor conseguir aproveitar de quatro a seis, ele estará com a produtividade acima de 30 toneladas por hectare, melhorando sua rentabilidade sem precisar fazer alto investimento,

A produtividade média do maracujá no Brasil é de 12 a 15 toneladas por hectare. Com essa prática, há condições de chegar a 25 30 ou 35 toneladas por hectare. Aliado à irrigação, esse número pode subir 30%, passando para 45 toneladas por hectare.

Fomento do Maracujá

O fomento do maracujá da Britvic Ebba quanto à produção do maracujá atua em um raio de 450 km da fábrica de Araguari, totalizando pouco mais de 1.200 hectares plantados por 830 produtores ativos e vinte mil toneladas de produção. A ideia da empresa é garantir ao produtor uma assistência técnica especializada, sacaria telada, transporte e a compra de 100% da produção, com lucratividade.

A empresa também financia as mudas para o produtor, valor abatido depois em parcelas com o preço mínimo garantido, que varia a cada safra. “Nessa Safra o preço do maracujá está variando entre de R$ 1,10 a R$ 1,30, dependendo da qualidade e volume, sem variação de acordo com o mercado. Ainda neste ano, iniciaremos o projeto de bonificação para os produtores que nos fornecerem frutas de melhor qualidade, com alto grau brix. Quanto maior o brix do fruto que o produtor bis entregar, maior será a bonificação dele”, informa Gustavo Rodovalho Camargo, gerente de compras agro da Britvic Ebba.

Solução

Uma das alternativas expostas pela empresa no dia de campo foi à redução de custos por meio do plantio do maracujá em lavoras cafeeiras que estão prestes a serem eliminadas, o que faz cair até 50% dos custos, já que não haverá gasto com madeira e arame de sustentação.

O produtor apenas desbasta ou esqueleta o café e planta o maracujá, que fica ali por dois anos. A técnica já mostrou muitos resultados positivos, até por que, por adubar o maracujá, acaba recuperando a lavoura de café. “A opção do maracujá para quem quer refazer a lavoura de café é interessante para que haja rentabilidade mais rápida. quando o maracujá parar de produzir, o produtor tira tudo e renova a produção de café”, explica Gustavo Camargo.

O custo de implementação do maracujá de acordo com estudos da Britvic Ebba, é de R$ 20 mil a R$ 25 mil, com produtividade de 30 a 40 ton/há. Por outro lado, a rentabilidade é constante, diferentemente de culturas sazonais, pois as frutas podem ser comercializadas semelhantemente.

Rentabilidade

Gustavo Rodovalho faz uma conta simples: “considerando a produtividade média de 35 mil quilos de maracujá por hectare, há um preço de R$ 1,30, o faturamento fica em torno de R$ 45 mil por hectare. Britvic Ebba compra em torno de 35 a 40 mil toneladas de maracujá por ano. Há dois anos a região do fomento não representa nem 20% do volume, fazendo-nos trazer frutos de outros Estados. Com o trabalho que tem sido desenvolvido há dois anos, dobramos a área, e a pretensão é chegar a dois mil hectares, com produtividade de 35 toneladas por hectare. com os 1.200 hectares atuais, conseguimos ficar um pouco acima de 50% da nossa demanda – 15 a 20 mil toneladas só na região do Fomento, o que para nos já é um ganho enorme, mas estamos em busca da autossuficiência, ou pelo menos de uma representatividade do fomento entre 80 a 90%”, pontua.

Parcerias

Etélio de Carvalho Prado, presidente da Associação das Indústrias Processadoras de Frutos Tropicais (ASTN), esteve presente no evento, e conta que visita todas as unidades associadas tentando aproximar os organismos institucionais, governamentais, legislativos, tributários e de crédito em favor da indústria.

“Atualmente, a associação tem entendido que é preciso ter uma aproximação maior com os produtores e transformar isso em parcerias. Trabalhamos com várias frutas: caju, maracujá, abacaxi, graviola, frutos polposos ou tropicais, e sempre estimulamos a parceria das indústrias com o campo. Os dois precisam crescer juntos no mercado nacional e internacional. Para isso, cedemos a muda, a certificação dos orgânicos, assistência técnica e a viabilização de acesso ao produtor ao crédito agrícola, que é burocrático e exige relacionamento e entendimento do produtor com o agente financeiro, o que não é fácil, até porque as normas são muito rígidas”, detalha.

Segundo ele,

                                                      (Veja abaixo a Versão Impressão da Matéria)

 

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